Explosões em Brasília Deixam Morto em Frente ao STF e Forçam Evacuação na Praça dos Três Poderes
Na noite de quarta-feira (13), duas explosões impactaram a região da Praça dos Três Poderes, em Brasília, gerando grande mobilização policial e a evacuação imediata do Supremo Tribunal Federal (STF). Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França e ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Santa Catarina, foi identificado como a pessoa que morreu no local e é apontado pelas autoridades como o principal pelo atentado.
Sequência de Explosões em Áreas de Alta Segurança
O primeiro estrondo foi ouvido nas externas do STF, seguido pela explosão de um carro estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), vários dispositivos explosivos foram encontrados na área, embora a quantidade exata e o tipo de artefatos permaneçam desconhecidos.
“Caso esses dispositivos tenham sido detonados em maior escala, os estiletes poderiam ter ferido pessoas ao redor, causando sérios danos”, afirmou um sargento da PM presente na cena.
Presença de Timer Aumenta Suspeitas de Ataques Remotos
Um detalhe preocupante, segundo o porta-voz da PM-DF, major Rafael Broocke, foi a presença de um cronômetro junto ao corpo da vítima. Esses artigos sugerem que Francisco poderia estar planejando ações remotas adicionais, o que motivou uma ação cautelosa e extensa varredura por parte das forças de segurança, que continuam monitorando o local para garantir a segurança.
Ações e Passado do Suspeito
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, informou que Francisco entrou no prédio do STF antes do ocorrido e que ele já havia feito ameaças públicas nas redes sociais, insinuando que planejava um ataque.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, possuía um histórico de passagem pela polícia e chegou a ser preso em 2012. Em 2020, ele disputou uma vaga como vereador em Rio do Sul, Santa Catarina, pelo Partido Liberal, mas não foi eleito. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, declarou que Francisco não era conhecido pela cúpula do partido.
Em busca de mais informações, o deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC), que se encontrou com Francisco horas antes do incidente, prestou esclarecimentos à Polícia Federal. Goetten foi filiado ao PL até o início deste ano e relatou que a visita de Francisco não manifestou suspeitas imediatas.
Investigações em Andamento
A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal investigam o caso para esclarecer as explicações e os possíveis motivos por trás do ataque. Medidas de segurança foram intensificadas na Praça dos Três Poderes, e outras ações preventivas foram adotadas para garantir a proteção das autoridades e do público em Brasília.
As autoridades locais enfatizam que ainda não é possível determinar se o ataque foi executado por Francisco de forma intencional para um ato de autoimolação ou se ele se envolveu em um acidente durante a manipulação dos dispositivos. Até o momento, não há informações de que ele tenha tido cúmplices ou apoio logístico.
